QUANDO SE SENTIR SÓ

Peça ao céu um pouco de silêncio
e procure conversar com a noite.
Faça de cada ilusão uma saudade repita mais de
mil vezes que tudo passou e porque passou.

Lá fora o ar pode estar pesado, mas o desejo a seguir ,
é amar, é respeitar, liberte-se dos preconceitos e
saia por aí, vai passear, ironize essa amargura e
faça dela uma sombra fértil,
tanto que não vale a pena pensar.

Não sinta receio de nada;
A vida é assim, tudo acaba...

Mas existe um amanhã de saída ,
do meio e da chegada, é sempre um amanhã
para hoje que é feito de aventuras.

Olhe-se no espelho e gaste tudo de bom que
você tem pra dar, aquele que viu, ouviu, adorou,
e mesmo aquele que sofreu.

Afirme-se no desejo de quem
sempre encontrará outros desejos
mais fortes, tudo é natural,
tudo partiu de dentro de nós.
E um dia em algum lugar existiu durante 20 minutos
um alguém que comparou e fez de você algo melhor.
Vibre com a lua, mas contra a tempestade.
Fique feliz por ainda saber sorrir ...
Vá! Levante a cabeça,

imponha no rosto uma expressão feliz, tudo é fácil.
Notou?
Abra a janela e preste atenção nos pássaros brancos
que voam no céu...

Tudo é paz, naturalidade e franqueza .
Porque esta melancolia?
Lembre-se de um sonho, de
alguém que está sempre ao seu lado,
mesmo você não estando e
sinta como é fácil ser feliz.

                                        

(Desconheço o autor)

SAUDADE

Porque sinto falta de você? Porque esta saudade?
Eu não te vejo mais imagino suas expressões, sua voz, seu cheiro.
Sua amizade me faz sonhar com um carinho.
Um caminhar, a luz da lua, a beira mar.
Saudade este sentimento de vazio que me tira o sono
me fazendo sentir um triste abandono, é amizade eu sei, será amor talvez...
Só não quero perder sua amizade, esta amizade...
Que me fortalece me enobrece por ter você.

(Machado de Assis)

CORAÇÕES CALEJADOS


Fala-se de mãos e pés calejados, mas pouco se fala de corações calejados.
Portanto.. quanta gente há por aí vivendo como se não fosse possível ter sentimentos porque um dia foram magoadas.

As pessoas mais duronas, que parecem indiferentes ao amor, carinho e ternura, são pessoas endurecidas pela vida. São vítimas de uma dor que não souberam gerir.
Uma empresa mal administrada vai à falência; um coração mal dirigido vai à ruína.

Somos nós os gerentes da nossa vida. A nós cabe as decisões importantes que conduzirão nosso caminho. Você já experimentou andar com um sapato apertado?

No início a gente aguenta, faz até cara bonita e se diz que depois vai amaciar.
Mas isso nem sempre acontece e depois de algum tempo percebemos que, mesmo se as pedras no caminho podem fazer mal, melhor mesmo é deixar esse sapato de lado, ainda que seja aquele que a gente tanto desejou e até se sacrificou para adquirir.

Há pessoas que calejam nosso coração. Fazem parte da nossa vida e as amamos,
mas nos fazem mal... tanto e tanto que acabamos fechando aos poucos as portas do nosso coração a outras possibilidades.

Nos trancamos dentro dele e vivemos na escuridão da nossa própria sombra. Não permita que alguém magoe seu coração a ponto de te deixar insensível. Não deixe de acreditar nas estrelas porque um dia as nuvens escuras encobriram seu céu.

Se seu coração está calejado, cuide dele com mais carinho ainda. Que seja ele a transformar a atitude dos outros em relação a você e não o contrário!
Se alguém que você ama só quer brincar com seu coração, talvez essa pessoa não mereça o amor que você sente.

E por mais difícil que seja, guarde seu coração das asperezas, não deixe que as decepções o endureça.
Olhe em outras direções, dê uma chance aos que te querem bem e ao seu coração de ser cuidado com o carinho que ele merece. 


Leticia Thompson

www.velhosabio.com.br

PARA QUEM É PAI/MÃE E PARA AQUELES QUE O SERÃO...

Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos seus próprios filhos.
É que as crianças crescem independente de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados. Crescem sem pedir licença á vida. Crescem com uma estridência alegre, e as vezes com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias de igual maneira. Crescem de repente.
Um dia sentam-se perto de você no terraço e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode trocar as fraldas daquela criatura. Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu? Cadê a pazinha na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal? A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica de desobediência civil...
E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não mais cresça, mas apareça!
Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuzilantes sobre patins e cabelos longos, soltos. Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros. Ali estamos, com so cabelos esbranquiçados. Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias e da ditadura das horas.
E eles crescem meio amestrados, oberservado e aprendendo com nossos acertos e erros. Principalmente com os erros que esperamos que não repitam. Há um período em que os pais vão ficando órfãos dos próprios filhos. Não mais os pegamos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas.
Deveríamos ter ido mais á cama deles ao anoitecer para ouvir sua alma respirando conversas e  confidências entre lençóis da infancia, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, pôsteres, agendas coloridas e CDs ensurdecedores.
Não os levamos suficientemente aos parques, ao shopping, não lhes demos sufucientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado. Eles cresceram sem que esgotássemos neles todos o nosso afeto.
No princípio subiam a serra ou iam á casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoa, piscina e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim. Depois chegou o tempo em que viajar com pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era inpossível deixar a turma e os primeiros namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos. Tinham a solidão que sempre desejarem, mas de repente, morriam de saudades daqueles "pestes".
Chega o momento em que só nos resta ficar longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível.
O jeito é esperar: A qualquer hora podem nos dar os netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos e que não pode morrer conosco. Por isso os avós são tão desmensurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de re-editar o nosso afeto.
Por isso é necessário fazer alguma coisas a mais, antes que eles cresçam.


APRENDEMOS A SER FILHOS DEPOIS QUE SOMOS PAIS...
SÓ APRENDEMOS A SER PAIS DEPOIS QUE SOMOS AVÓS.

(Texto de Affonso Romano de Sant'ana)